terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Nathan Hale dá lugar a James Grayson no portátil da Sony


Já é complicado realizar um bom FPS para consoles. Para portáteis então, a tarefa é ainda mais árdua. Talvez por isso a Sony tenha decidido, na estréia da série Resistance no PSP, adotar um modo terceira pessoa para Retribution. Desenvolvido pela Sony Bend, ao invés da Insomniac Games dos dois primeiros games da franquia, o jogo consequentemente recebe influências de Syphon Filter.

Os eventos se desenrolam após os acontecimentos de Fall of Man, através dos olhos de um outro protagonista, James Grayson. Um oficial da marinha britânica, ele se junta à resistência européia contra a Chimera. Mas como o Baixaki Jogos já cobriu os básicos do jogo em outras ocasiões, passemos diretamente à nossa experiência testando a demo do título.


Paralelamente à saga de Nathan Hale

Grayson é enviado, após se juntar à Maquis – a resistência humana – para a cidade de Bonn, na Alemanha, de forma a verificar uma instalação da Chimera de conversão de humanos. Isto ocorre no dia primeiro de setembro de 1951, na cronologia da série. Logo na sequência animada inicial vemos que o irmão do protagonista foi vítima dos experimentos da Chimera em um desses locais – e ele quer vingança.

Assumimos o controle do personagem quando ele se encontra sozinho dentro da construção, com um outro combatente fugindo do local. Através de sinais de rádio, ele mantém contato com Bouchard, uma outra integrante da resistência. Aí é que realmente começa a ação, com Grayson tentando chegar a ela.

Vocês são gêmeos idênticos?

A primeira diferença clara, como já mencionado, é a câmera por cima do ombro do personagem. Uma mira grande, com um quadrado maior ainda, são as primeiras coisas que se vê na tela. O quadrado grande faz parte da mira assistida – deve-se manter os inimigos dentro dele para que ela trave em seus corpos. Isto pode ser desativado no menu de opções, mas sinceramente: não é uma experiência agradável no PSP.

Os controles – padrão, existe um outro modelo ao qual se pode alternar – são os seguintes: o analógico serve para movimentar o personagem, os botões do lado direito para controlar a mira nas quatro direções, o R para atirar e o L para ativar o tiro secundário. No direcional, para cima é o zoom, para a direita alterna-se as armas – segurá-lo irá pausar o jogo e abrir um menu para escolher uma delas – para a esquerda serve para recarregá-las e para baixo interage com o cenário em determinados pontos.

Este quadradão delimitado pelos cantos é parte da mira assistida

No ínicio é bastante complicado acostumar-se aos controles, mas depois de um tempo maior de jogo e algumas adaptações nas velocidades de giro da câmera, até que não fica tão ruim, embora ainda pareça desconfortável.

Falando em armas, esta é outra característica que difere de Resistance 2, pois é possível carregar um número ilimitado delas. A munição ainda é limitada, mas na demo ela era encontrada em quantidade mais do que suficiente. A variedade é bastante grande, com granadas, lança-foguetes, metralhadora, entre outras mais exóticas já vistas nos outros títulos da franquia.

Com relação aos pontos de vida, o protagonista possui uma barra que deve ser preenchida através dos tradicionais “health packs” espalhados pelo nível. Estes também não são difíceis de ser encontrados, e a não ser que você tenha escolhido a mira manual, serão mais do que suficientes para se completar a fase.

Cobertura é automática

Uma diferença bastante notável é o fato de que Grayson irá se esconder atrás de objetos para ter cobertura automaticamente, quando nos aproximamos de algum item que o possibilite. Não se deve apertar botão algum, e visto que o jogo é em terceira pessoa, basta mirar e atirar para que ele saia do esconderijo e meta bala nas aberrações.

As interações com o cenário, no entanto, são raras. Sem contar os diversos painéis que devem ser ativados, é esporádico ter que pular sobre um obstáculo ou pegar uma informação do chão. Esconder-se, no entanto, é preciso para sobreviver.

Após um número razoável de oponentes – e cutscenes para dar sequência à trama – chegamos ao chefe da demo, um robô grande que dispara rajadas extremamente fortes e rápidas. Para derrotá-lo é preciso utilizar uma arma que é encontrada no mesmo cômodo, que possui a habilidade de criar uma barreira protetora contra os tiros do gigante. Alguns esconde-escondes depois – e todas as balas da dita arma, além de alguns mísseis – ele cai ao chão e somos convidados a adquirir o jogo completo futuramente.

Atire rápido pois ele irá desviar-se!

Aqui cabe ressaltar uma característica notável de um jogo para o PSP: os inimigos são bastante inteligentes. Quando começamos a atirar, eles não demoram nem um segundo para se mover para fora da linha de tiro. Eles se movimentam bem e não hesitam em ir para locais difíceis de se enxergar. Caso a mira auxiliada esteja ativada, isto não é um problema. No entanto, no caso contrário é bastante desafiador conseguir derrubar os adversários com poucas balas.

Fiel à promessa de gráficos bem-feitos

Outra gratificante constatação é a de que os desenvolvedores parecem ter atingido o que prometeram: gráficos excelentes para o PSP. Os personagens e os cenário são bastante detalhados, considerando-se as capacidades do portátil. As animações de morte dos diversos monstros são bastante interessantes e diferenciadas, o que proporciona ainda mais variedade.

A trilha sonora é bastante adequada, apesar de algumas falhas como a falta de sincronia entre a fala dos personagens e o movimento de suas bocas – que já existia em outros games da série – ainda incomodarem um pouco. Para os que não estão acostumados, o inglês britânico de Grayson também pode ser um pouco difícil de entender.


Enfim, o jogo promete, apesar de necessitar de algum polimento aqui e ali, especialmente na parte de controles. Apesar das limitações da plataforma, eles ainda não são muito intuitivos. Algo como possibilitar a configuração manual de cada botão ajudaria bastante.

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